Fins de época

As várias modalidades, em séniores, tiveram fins, em termos internos, bastante distintos e alguns deles que me deixam perplexo.

Começando pelo Futebol:

Vou ser curto e directo. Não apoio a renovação do JJ. Ele já deu 1 campeonato e 3 Taças da Liga ao Benfica, elevou o nível da equipa em termos europeus, mas sinto que é um ciclo que deveria ter terminado. A empatia entre alguns dos jogadores e o treinador, perdeu-se, assim como entre os adeptos e o treinador. Mas se ficou, terá o meu apoio.

A saída do Aimar, é um duro golpe, principalmente sentimental. O Aimar para além do jogador de eleição que é, representa aquilo que qualquer jogador do Benfica deveria “envergar” em termos de espírito. Não esteve no seu melhor esta época, não sei se por jogar pouco, ou se jogar pouco foi a consequência de algo maior. Mas vê-lo partir é como um soco no estômago, que só me recordo de ter sentido, quando saiu o Rui Costa e o J.V.P.

Voleibol:

Ao fim da 4ª final, e teve de ter uma finalíssima repetida, José Jardim, conseguiu atingir o campeonato que há tanto tempo lhe escapava. Um pouco como o JJ, o José Jardim (JJ, também), nos últimos 3 campeonatos chegou sempre ao fim em primeiro, mas na final, perdíamos. A conquista do campeonato, proporcionou-lhe um balão de oxigénio para a próxima época. Vão sair alguns jogadores que foram importantes, veremos se serão bem substituídos.

Basquetebol:

O Carlos Lisboa, que acumula as funções de treinador e Director das Modalidades, é o treinador menos consensual entre os adeptos e no entanto já acumula dois campeonatos nacionais, consecutivos. Falhou na Taça de Portugal e redondamente. Ao que parece, pelo segundo ano consecutivo, vemos sair o nosso capitão de equipa. Os motivos? Não sei.

Hóquei em Patins:

Confesso que aqui é que fico mais surpreendido e passo a explicar. Desde sempre, que defendo que o Luís Sénica, é o treinador que o Benfica precisa. A nível internacional, conseguiu conquistar os três troféus europeus, possíveis. A nível nacional, também conquistou tudo, numa modalidade em que todos sabemos que, tal como no futebol, poderes anormais se levantam. Contudo, esta é uma modalidade, onde qualquer equipa portuguesa é uma potencial candidata a um título europeu. Não somos, o país que detém a hegemonia da modalidade, longe disso, ao contrário do que os comentadores quiseram passar com a final europeia entre o Benfica e os corruptos, mas somos sempre candidatos a ganhar, porque somos uma das potencias mundiais da modalidade. Por isso, ganhar o que o Sénica e os seus, foram ganhando em 3 anos, é um mérito enorme. Mas a vida é assim.
E com o Sénica, saem o Ricardo Silva e o Luís Viana. Pelo menos estes dois. Não sei os motivos que levaram a este término de relação, mas sei que entre uma grande parte dos adeptos o Ricardo foi sempre o responsável, por quase todas as derrotas. Pessoalmente, fico triste e apreensivo com a saída de 3 pesos pesados, ao mesmo tempo.

Futsal:

Época, para recordar. Para recordar, de tão má que foi. Começamos com a conquista da Supertaça, passamos pelo despedimento do treinador e agora estamos à porta da final do playoff. Reitero que sou contra os playoffs nestes moldes, mas é a última hipótese de tentarmos ganhar o campeonato. Sinceramente, não tenho grande fé, até porque os lagartos estão a jogar muito bem e nossa equipa parece que está sempre a tremer. Espero, estar enganado e que consigamos ganhar todos os jogos até final e que me “atirem à cara” que estava enganado. Não tenho grande fé, mas continuo a tê-la, como tenho sempre.

Andebol:

Alguma coisa tem de mudar. Fizemos coisas incríveis, quer pela positiva, quer pela negativa. Ganhamos jogos importantes e depois perdemos ou empatamos, jogos aparentemente fáceis. Acho que aqui a mudança terá de ser positiva.